Tragédia Anunciada no MA
Quase sete mil maranhenses serão brutalmente retirados de seus lares.
O
Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o Ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, o advogado geral da União, Luis Inácio Adams, e o
Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, estiveram reunidos nesta
terça-feira (10) com uma comissão de deputados engajados no tema
demarcações indígenas e suas irregularidades que tem acontecido em todo o
país.
Nessa
ocasião, o deputado Weverton denunciou mais uma vez a ação de
desintrusão programada para o próximo dia 20 de dezembro,
aproveitando-se do período de recesso parlamentar onde os holofotes
estarão direcionados para outras direções.
“O
que veremos daqui a dez dias, será uma batalha campal. Enquanto todos
estão se organizando para o natal, o Brasil estará criando mais sete mil
cidadãos sem terra. A ação vai acontecer sem terem sido realizadas as
etapas de levantamento, avaliação e indenização das famílias que vivem legalmente na região, que constavam no decreto ”, destacou o parlamentar maranhense.
O
deputado aproveitou a presença do Ministro Luis Inácio Adams (AGU) e do
Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, para pedir que eles
intercedam na situação, e realizem uma suspensão imediata da ação de
desintrusão até a volta dos trabalhos parlamentares.
Mais informações:
A
região da Awá Guajá, instalada entre os municípios de São João do Caru,
Newton Belo, Centro Novo e Zé Doca, passa pelo risco iminente de
retirada de cerca de sete mil pequenos produtores e agricultores
familiares, para que sejam protegidos 33 índios nômades da etnia awá
vindo do Pará. Mesmo com a garantia do Ministro que haveria diálogo,
todos os sinais para que aconteça a ação truculenta de desintrusão já
foram dados.
Inicialmente,
a falta de transparência do Ministério na publicização do Plano de
Deseintrusão, parado no setor responsável da Funai desde 1º de outubro,
logo depois o exercito solicitou as instalações de uma escola pública,
ação confirmada a seguir pela assessoria parlamentar do órgão. Em um
segundo momento, a Funai publicou o edital de compra de terras em
Pindaré e Gurupi para assentamento de quem tem perfil para ser acolhido
no programa de reforma agrária.
Na
reunião o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mais uma vez
anunciou a criação de uma portaria para evitar que novos casos de
conflitos de terra aconteçam, entre os tópicos ele destacou a criação de
um Programa de Compensação Indenizatória para que sejam realizados as
retiradas das áreas indígenas dos pequenos produtores e agricultores
familiares.
Os
deputado presentes salientaram a importância da discussão da PEC 215
que traz para o âmbito da Congresso Nacional as discussões sobre as
demarcações indígenas, tirando única e exclusivamente as decisões
arbitrárias da Funai. O deputado Nilson Leitão foi categórico em sua
fala: “Apenas 1% das comunidades indígenas querem terras, o que eles
realmente precisam são políticas públicas, como: saúde, educação,
cultura. Função que a Funai abandonou para cuidar única e exclusivamente
de questões territoriais.” A discussão da PEC 215 irá para ao Colégio
de Líderes, a fim de ser discutida e votada no Plenário.
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