06/02/2012 - 21h50

Greve da PM suspende início das aulas na Bahia

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Atualizado em 07/02/2012 às 22h08.

A Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer informou nesta segunda-feira que o início das aulas --previsto para terça (7)-- foi suspenso "até que a situação em Salvador seja estabelecida."

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"A decisão foi tomada a partir das informações das Coordenadorias Regionais de Educação sobre a situação nos bairros da cidade, atendendo também as manifestações das comunidades escolares e da APLB Sindicato", afirmou a pasta em nota.

A rede é composta por 426 escolas, cerca de 140 mil alunos e mais seis mil professores.

Escolas particulares da capital baiana também estão fechadas esperando o fim da greve para começar o ano letivo. Nas estaduais, a decisão de abrir ou não a escola cabe a cada diretor.

A Uneb (Universidade do Estado da Bahia) suspendeu nesta segunda-feira a matrícula dos alunos aprovados no vestibular. Segundo a nota publicada no site da instituição, o procedimento foi encerrado às 14h.

As matrículas previstas para serem realizadas na terça (7) e na quarta-feira (8) serão transferidas para os dias 13 e 14 deste mesmo mês, das 8h30 as 12h e das 13h30 as 19h.

GREVE

A greve dos PMs da Bahia começou na semana passada. Eles reivindicam aumento salarial e a incorporação de gratificações aos salários.

O governador Jaques Wagner (PT) disse à Folha que não pagará nada acima do reajuste já concedido ao funcionalismo do Estado.




Lunae Parracho/Reuters








Tropas do Exército nas ruas de Salvador nesta segunda; aulas foram suspensas


A Assembleia Legislativa foi invadida pelos grevistas e está cercada por homens do Exército desde a madrugada. A luz foi cortada no local.

Na manhã de hoje, diversos focos de tumulto ocorreram no local. Um deles começou quando alguns familiares e PMs que estão do lado de fora da Assembleia tentaram invadir o prédio. Eles foram contidos por homens do Exército, que usaram balas de borracha e bombas de efeito moral.

Em seguida, houve um novo princípio de tumulto, quando homens da Força Nacional imobilizaram um soldado da PM sob suspeita dele estar portando arma. Outros policiais reagiram e houve disparo de balas de borracha e gás pimenta para a dispersão do grupo. Após a revista, foi constatado que o PM não estava armado.

Com a greve, foram registrados arrastões e o número de assassinatos chegou a 93 na região metropolitana de Salvador desde quarta-feira (1º).