quarta-feira, 6 de julho de 2016

CAMPANHA DE VEREADOR

CAMPANHA DE VEREADOR


Se há uma campanha difícil eleitoralmente é a de vereador, independente da cidade pela qual o candidato vai disputar.

Trata-se de uma eleição muito pulverizada e com características muito específicas onde um pequeno detalhe pode fazer a diferença entre a vitória e a derrota nas urnas.

Alguns candidatos são levados a crer que o fato de possuir “um milhão de amigos” significa necessariamente “um milhão de votos”. Ledo engano!

Amigos todos temos, uns mais e outros menos. O fator amizade ajuda, claro, mas quantos amigos dos nossos amigos serão candidatos também? Não se pode esquecer disso.

Quem me procura para dar alguma consideração sobre candidatura de vereador costumo dizer o seguinte.

A primeira coisa que o candidato precisa fazer é reunir os familiares mais próximos não para anunciar a candidatura imediatamente, mas para consultar sobre o que eles acham do “projeto de candidatura”.

A opinião dos parentes mais próximo é muito importante porque, via de regra, são eles que se apaixonam e se dedicam à candidatura sem necessariamente gerar ônus. Pelo contrário: uma campanha bem articulada no seu familiar pode gerar algumas boas contribuições, inclusive financeiras. Sem falar que fica difícil convencer outras pessoas se o candidato não consegue convencer nem os de casa…

Consolida a fase de processo de convencimento dos familiares, o segundo passo é reunir algumas dezenas de “amigos do peito”. Aquelas pessoas que você sabe que é voto certo. Faça uma lista e vá em busca delas.

Um alerta importante: não adianta colocar nesta lista, por exemplo, um amigo que tenha algum parente candidato, pois além do constrangimento ao colega, pode ser um esforço inútil uma vez que o cara não deixará de votar num parente para votar em ti.

Em seguida, consulte alguns formadores de opinião sobre o que eles acham da sua candidatura. Leve a sério principalmente as opiniões críticas, as dificuldades citadas pelos consultados etc. Saber o que aquele velho dono da quitanda que todos gostam e respeitam acha sobre a tua candidatura é muito importante. Idem o pessoal que frequenta o “senadinho” do final de semana.

Da mesma forma, procure ouvir a opinião de quem já foi candidato e tente extrair os pontos fortes e fracos de uma campanha de vereador. É muito importante a voz da experiência.

A relação com o partido pode ser fundamental para um candidato. Não passe apenas pelo partido, faça o partido passar por você também.

Via de regra os partidos são máquinas que possuem “donos” que farão de tudo para beneficiar determinados candidato da panelinha partidária. Muito cuidado para você não ser apenas mais uma chamada “bucha” para viabilizar eleição dos espertalhões.

 Outro questão fundamental, claro, é viabilização financeira da campanha.

Ainda que a legislação  eleitoral seja mais dura a cada pleito, uma campanha sempre será cara.

São materiais gráficos, redes sociais, reuniões nos bairros, assessoramento, logística, serviços diversos na área jurídica, contábil, comunicação, enfim, por mais enxuta que seja, uma campanha que pretende ser competitiva não será barata. Então é bom preparar o bolso.

Agora, atenção! Não adianta reunir devidamente todos esses passos se você não tiver serviços prestados na comunidade em que você mora. Uma das coisas que imediatamente o leitor costuma perguntar para o candidato é: “O que você já fez pelo nosso bairro?”.

Evidente que não é recomendável responder: “Me eleja que farei”.

Aí já era uma cadeira na Câmara de Vereadores

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