Um morto quer viver; primeiro afirmou a uma revista (Carta Capital), que só sairia do Palácio dos Leões morto. Saiu morto sim senhor. E que o levou celeremente a morte é notório, é público, é fruto de sua imoralidade política, da sua permissividade política. O envolvimento com políticos promíscuos desde longa data determinou o princípio do fim. Quando percebeu seu equívoco histórico inventou a peso de ouro uma tal de “balaiada”, a dos libertadores do Maranhão, liderada pelo MST e “aliados ”do PSDB e PT, o que deu em nada, quer dizer deu, a sua saída do Palácio dos Leões igualzinho como ele próprio previu, morto!
A sua funesta trajetória foi bancada ideologicamente por uns católicos de péssimo pensamento teológico; tradicionalistas – do baixo clero político, e de atuação tacanha e estreiteza filosófica. Vêm a história pelo viés teocêntrico, não é atoa a declaração de George W. Bush de que falava com Deus diariamente, estes rezam pela mesma cartilha velha e esfarrapada. Já o nosso personagem não querendo governar absolutamente nada caiu no devaneio, na metafísica mais doidivana possível: tônica era a dicotomia maniqueísta do bem e do mal, mas confundiu tudo, no seu governo tinha gente igual ou pior de que os seus adversários. Tornou-se equidistante, inerte, vazio e diferente; suas atenções ficaram nitidamente nepotistas ao querer montar uma nova oligarquia. Só que uma oligarquia de quem não sabe escolher seus parceiros e estes foram seus próprios inimigos. Emaranhou-se nesse cipoal de incompetência política e administrativa: desde quando se deixa o inimigo sentar para governar junto (vide “bocas-pretas”)? Perdeu a noção do perigo, comungando com os inimigos?
O tratamento dispensado ao seu próprio partido político – o PDT, foi o pior possível. Atravessou o período de governo sem ir ao Partido, sem consultá-lo e tal qual o Mauro Bezerra, considerou que militante é “bucha de canhão” disse certa ocasião ao Jornal Pequeno causando indignação generalizada; era conhecido como “Mauro contra xeque” pelas falcatruas com o erário municipal. Além disso, era um sujeito irascível e fugidio, pelo que me consta só tinha como amigo o Jackson Lago, os outros eram conhecidos, amigos não! Era tão ruim psicologicamente que nem recebia seus eleitores, parecia um queixada acuada pelos cães, o bicho além de muito feio era asqueroso. Politicamente, para o Jackson, teria sido ou foi muito melhor do que Aderson Lago. Mas, o Mauro era mesmo ruim, quando voltei para o Maranhão, em 1996, precisava trabalhar. A Maria Lúcia Telles consultou Mauro Bezerra, que era o Secretário Municipal de Governo, ele negou tudo, que lá não tinha nada pra mim e só com muito esforço depois de 30 anos longe daqui sobrevivi assim mesmo. Em 1998 eu fundava o MPAC- Movimento Popular de Ação Cultural do PDT e ele, Mauro Bezerra, ficou uma fera, mas infelizmente nada pode fazer para impedir a ascensão do movimento, que logo ganhou a simpatia de muitos militantes, dentre eles, o saudoso Jean Norberto Coelho, empunhando a bandeira de uma nova política cultural e assim procuramos agir junto aos ativistas, desenvolvendo cursos, palestras, seminários procurando não só atrair os militantes como educá-los no sentido da concepção nova de partido político e política cultural a ser defendida pelos pedetistas e, assim foi para a FUNC-Fundação Municipal de Cultura, já sob a direção de Luís Pedro de Oliveira e Silva; nesse período promovi o MPAC ao status de estrela do PDT, apesar de todas as dificuldades e empecilhos e falta de recursos implantamos esse segmento que hoje dentre os outros existentes e protegidos regiamente pelo Partido tem destaque pelas suas posições políticas, lutas e o caráter organizacional que defende para o PDT voltar a ser uma agremiação política inserida no contexto dos movimentos sociais e luta dos trabalhadores.
Voltando ao morto: parodiando o cartunista Jaguar, que publicou um livro “Átila, Tu És Bárbaro”!... Jackson, Tu És Maranhense! Essa enorme maranha; aqui o que vale é a mentira, o que rola é maranha da braba, é maranha pra todo lado, a última grande maranha tenho notícia é aquela de que a atual “governadora” tenha sido acometida por um aneurisma. É mesmo?! É uma doente imaginária como diria Molière (Jean-Baptiste Poquelin, grande dramaturgo francês). “Transcrevo aqui um artigo publicado no Diário da Manhã, em 27 de setembro de 2003, com o título de “A Vaca Metafísica”, revisado e reescrito, em parte:”
Quando a história dos seres vivos se iniciou a natureza formou o boi e este saiu a procura de seus semelhantes, mas andando pelo mundo afora tropeçou várias vezes e em uma de suas quedas, saltou-lhe do próprio corpo uma de suas costelas: estava criada a vaca, a sua companheira inseparável, a outra metade do boi. Após esse passe de mágica, sendo a sua própria contradição, mas era a vaca e pronto. Um animal adorável. Dá filhos e leite, e dela se aproveita tudo, até o urro (mugido). Da antiguidade aos dias atuais basta desburocratizá-la, isto é, esquartejá-la e logo logo temos cozida, fatiada e ou roast beef ou travestida de hambúrgueres e diversas iguarias. E passou para o folclore insultuoso: filho de uma vaca; tua mulher é uma vaca, tua vizinha, tua filha, sogra então sofre... Aliás sogra é salva apenas por Aluísio Azevedo, com ele sogra é uma santa
Mas a vaca nem sempre é a mesma vaca. Já tivemos “A Vaca de Nariz Sutil”, do mineiro Campos de Carvalho, uma graça de vaca. E a “Mumu”, de Marcílio Moraes, uma vaca de nossa dramaturgia de absurdo, vaca imaginária, vaca teatral, eqüidistante, a vaca metafórica, absurdamente metafísica e suburbana, do Méier, bairro carioca da Zona Norte. Há quem diga, que ela, a vaca é um ser divino, na Índia a população se ajoelha para ela passar. E uma vaca megera? Inimaginável.
E a vaca meditabunda, a vaca vadia, a que foi pro brejo, a sonâmbula, a dócil vaca leiteira, a bucólica, a vaca braba, a inconseqüente e desvairada; na “revolução” de 1964 a “vaca quadrada”, era a burocrata que decidia os destinos do país, era a salvadora da pátria, com o surgimento da vaca de” presépio” começa a sacanagem, ela é mistificada. E o boi hein vaca chifreira, o que ele é? Tá bem, sua vaca, recupere o bicho, mesmo que ele seja oportunista político, sujeito de duas caras; que seja boi do folclore nacional, o boi de piranha, mas sobre tudo boi empresário, desses bem sucedidos, apadrinhados e tenham semelhantes irmãos divergentes na arena política de boi e vaca. Que o boi-manso volte e reconheça na vaca “valores” que possam, digamos assim, justificar ser liderança do rebanho. Ela “troce o rabo” para ser bajulada pela boiada. E o reles boi que a esnobava nota o valor da vaca até no peido.
Vaca fuleira caga em cima desses bois. Vaca fugida, profana, baranga, temerária, faz de conta que estás doente, os veterinários te atenderão e depois de recuperada irás a leilão. Saracoteia para subir de preço, para aparecer, sua vaca de merda, tu é capaz de mugir dizendo que tem alma, mas, alguém já viu vaca com alma? Virão filósofos dizer besteiras, aparecerão teólogos para afirmar tua frase lapidar “penso, logo existo”, vaca pensa? Bobocas e alienados, vão te adorar, vão puxar o teu saco e o Zé Pereira, aquele do carnaval, vai te decantar, idolatrar. Mas fica estabelecido, vaca, que esse teu curral, vaca, só tem merda que não serve para esterco. Vaca sem leite, de peito seco, que não deu cria, vaca roída, vaca conginária, coirão, vaca ruim, sem serventia. Quantos reais estais valendo na bolsa de valores dos boieiros, dos boiadeiros e dos bois propriamente ditos? Há séculos vaca, tu és a mesma vaca, apenas houve um melhoramento genético, uma maquiagem, não adianta mugir negando, tu vives à base de hormônio para engorda e ir para o abate, sua nelore.
Vaca guzerá, holandesa, gir... Fêmea de muitos bois, vaca louca, encrenqueira, balança o rabo, que o matadouro, o frigorífico , o magarefe e a freguesia. Vão te comer o rabo
Como já pulaste a cerca do vizinho, o capim gordura está mais verde, vaca, queira ou não queira, vaca imaginária nutrida por anabolizantes, vaca metafísica, ruminante vaca de laboratório, de colarinho branco, de metabolismo doidivana, vaca lunática, múuu, vai ser vaca vai!
Todos cristãos defendendo suas teses, bandeiras eleitorais, campanhas publicitárias, planos governamentais, sempre em nome de Deus, no fundo tudo isso são justificativas para esconder a redução das populações abaixo de linha da miséria a guetos, uma desventura comum as populações ribeirinhas sofrendo hoje com as chuvas excessivas em todo o Maranhão ou favelados e palafitados de São Luís, mesmo sabendo que a maioria dos removidos para habitações mais seguras, voltarão às suas antigas moradias. Nenhum novo paradigma administrativo social é posto em prática para amenizar essa situação de alto risco. Nota-se o desprezo de como são tratados essas pessoas fora do contexto e convívio social e econômico dissonante da dos usurpadores travestidos de gestores governamentais como é o presente caso do Maranhão neste instante. Um tribunal de exceções tomou o governo eleito pelo voto popular e presenteou à “doente imaginária”, filha do oligarca mais nojento que já domina o Maranhão por longas décadas sempre tripudiando e trapaceando o tempo todo com seus adversários, mas quem leva mesmo a pior é o povo do Maranhão não desenvolvendo suas potencialidades travadas por esse grupo de malfeitores. Praticam todo tipo de crime: dos assaltos sistemáticos ao erário, crime da pistolagem, do colarinho branco, fraudes (são especialistas em fraudes, todo tipo de fraude), apropriação indébita de propriedades alheias, de terras devolutas e mesmo particulares, sem falar da grilagem das terras indígenas não respeitando nem mesmo as já demarcadas e regulamentadas pela Funai, isso se estende aos seus seguidores e apaniguados não respeitando as leis da propriedade privada. Toda a oligarquia tem as mesmas práticas, o enriquecimento ilícito, a grilagem, o assalto, o crime organizado, a lavagem de dinheiro, o executor da pistolagem; na verdade Al Capone diante deles seria fichinha. Sem contar que seus tentáculos se estendem pela Câmara Federal, pelo Senado, Ministérios, Tribunais, Governos estaduais, meios de comunicação, grupos folclóricos tudo através do suborno; seus processos de dominação são possessivos, não dispensam colocar na nomenclatura de vias públicas, como bairros e municípios, prédios públicos, ambulatórios, hospitais, escolas, ruas, avenidas, pontes e estradas entrando em confronto com as leis do país, que vetam a colocação de nomes de pessoas vivas nesses locais. A desculpa dessa gente sem nenhum valor histórico é que não querem ser homenageados depois de mortos e sim em vida, uma artimanha para terem seus nomes lembrados pela população como se fossem de fato benfeitores da sociedade, a nosso ver isso facilita o crime e esconde outras falcatruas de igual valor fraudulento.
Quanto ao “bode velho” como eles tratam o Jackson Lago, viajou na ilusão de que poderia repetir a dose da mudança do vitorinismo para o sarneysismo e deste para a Libertação do Maranhão; mas incorreu num erro crasso nomeando famílias inteiras para a montagem de uma nova oligarquia e literalmente, se fudeu e os seus correligionários também. Mas vamos aos fatos: o nepotismo nunca foi tão forte em São Luís em tão pouco tempo; Jackson encantado com o cargo que recebeu do povo emaranhou-se num cipoal do qual nunca se apercebeu e, então montou um esquema junto com Aderson Lago (figura conhecida nacionalmente como o “ladrão da Caema”, é primo seu), que nomeou até sua genitora de 86 aninhos que nem sabe onde ficam os palácios desta urbe, um absurdo com salário estratosférico; Jackson Lago foi lascando a caneta nas nomeações, primeiro a sua família (os Lago), depois os Moreira Lima, os Teles, os Bezerras, os Amins Castro, os Leitoas, a família Aziz Santos e demais membros da Frente de Libertação, isto é, os da aliança espúria e unilateral de que foi recheado seu melancólico governo, enquanto isso abandonou os seus militantes do PDT e alguns colaboradores que o assessoraram até as vésperas da eleição. A mesma atitude que tomou em relação aos ativistas do trabalhismo brizolista, adotou com professores, médicos, policiais e outras categorias profissionais num verdadeiro acinte ao povo que o elegeu. Por cima de tudo ele baixou salário desses profissionais não se sabe baseado em que, até porque o dinheiro é do povo e não dele; pensa naturalmente que está agindo certo. É muito convencimento, muita presunção e esnobismo, só para quem não queria governar e sim ser venerado, mas não lembrou que não é nenhum Ramsés, também não leu a historia, nem sociologia, nem antropologia, nem política e muito menos o que é partido político, se soubesse o tratamento do PDT seria outro, não teria ficado no limbo da história de seu governo. Uma lástima e ainda queria se intitular de “o timoneiro da libertação”, por fim perdeu a prefeitura de São Luís e mais recentemente o governo do Estado do Maranhão. Isso é fruto de que? Heim? Nós advertimos no artigo que segue, “Governo Não Se Entrega”, publicado pelo jornal Tribuna do Nordeste, em 27 de janeiro de 2008,
GOVERNO NÃO SE ENTREGA.
Ninguém entrega o governo. Aliás, governo pode até se perder, entregar, nunca. Caso isolado, que se conhece, só na África solidária e revolucionária. Sekou Touré, após o golpe de estado sofrido por K´Wamme N´Krumah, em Ghana, o governo independente da Guiné, o chamou para o governo daquele país africano. O processo político da Guiné – recém saída do colonialismo francês – permitia essa concessão, mesmo porque o seu presidente, Sekou Touré, vaticinava que: “Quando o partido se confunde com o Estado, um e outro tornam-se meios práticos do povo. O PDG (Partido Democrático da Guiné) está decidido a utilizar todos os meios de educação, de formação ideológica, política e tecnológica, para que o povo alcance , rapidamente, a última fase do Povo-Estado”.
Nada impediu que K´Wamme N´Krumah aceitasse a oferenda, a presidência da Guiné. Embora fosse apenas um desafio aos colonialistas europeus, o presidente continuou sendo Ahmed Sekou Touré, N´Krumah ocupou-se de apenas atividades intelectuais.
E, como povo independente, a Revolução Guineense proclamava que “Preferimos a pobreza com liberdade que riqueza com escravidão“, ou seja, quando os governantes têm determinação colocam-se contrários aos poderosos, como no caso da Guiné, se pronunciando contra o imperialismo francês. À época, a Republique Populaire et Révolucionnaire de Guinée, com um território de 245.857 km² e uma população de 6.220.000 habitantes, proclamou a sua independência - a primeira da África - e sozinha comandou outros líderes negros no processo revolucionário de outras repúblicas africanas. A partir daí, o Governo da Guiné descentralizou a administração, levando aquela nação à radicalização das posições anti-colonialistas, quebrou todos os vínculos com o passado, assumindo as rédeas das principais áreas da economia guineense o que a fez, quase de imediato, auto-suficiente em alimentos e em seguida na produção de alumínio, ultrapassando um milhão de toneladas, que beneficiaram o povo. Aqui no Brasil se produz muita riqueza mineral, mas os benefícios são somente das multinacionais.
No Maranhão, enquanto não rompermos com os laços das oligarquias, ficaremos a reboque delas como estamos a mais de 40 anos.
Já se anunciava, inclusive, que o candidato à prefeitura da capital maranhense, em 2006, necessariamente poderia não ser do PDT, criando a máxima de cada um por si, muito em voga em siglas de aluguel, gerando descompromisso com qualquer agremiação política. É entregar o “ouro aos bandidos” como diz o adágio popular.
É melhor perder a eleição do que entregar para candidatos que desde a muito tempo estão nos braços das multinacionais e outros prosélitos afirmando ser São Luís a Jamaica Brasileira, um absurdo dos mais entreguistas. Aliás, a dominação imperialista vem através de processos culturais e meios de expressão sufocantes aos costumes locais. Essa influência dos modelos impostos por nações imperiais, tem de ser combatida com veemência.
Um Partido com vigor de escolher dentre cinco ou mais nomes em condições de vencer, tais como: Sandra Torres, Clodomir Paz, Julião Amin, Moacir Feitosa e Edmundo Gomes, não pode fugir à disputa.
E que fiquemos atentos: só o povo organizado pode levar essa tarefa nacionalista até as últimas conseqüências. GOVERNO NÃO SE ENTREGA!
Os fenômenos sociais requerem no presente uma rigorosa análise da estrutura antiga da sociedade em sua totalidade social e histórica para se compreender o que se passou e o que restou para a sociedade atual, corporativista, altamente religiosa, reacionária ao extremo, conservadora nos mínimos detalhes, acomodada e dependente dos governos dos quais ficam atrelados, sem generalizar, mesmo porque não parece ser conciliadora nem pacificadora como dizia Gilberto Freyre em sua sociologia de visão dos poderosos, uma sociologia pedagogicamente oficial, de gabinete. Quando é posta à prova da dialética, dos preceitos marxistas, do materialismo histórico, não se sustenta como ,pesquisa ideologicamente nem mesmo humanista e sim uma análise patriarcalista da sociedade, onde se toma como verdade as interpretações escravistas. A engrenagem do capitalismo jamais foi entendida por aqui, ficam no empirismo sem saber o que se passa ao seu redor e porque, as armadilhas e estratégias que desembocaram no neoliberalismo ninguém quis estudá-las e, para quem quer ser líder político sério, um de seus sacrifícios é estudar e trabalhar com o povo. Aqui Jackson teve o privilégio de ser um dos fundadores do PDT e deixou que ele não formasse outros quadros e lideranças capazes de enfrentar a dura e cruel realidade maranhense, seguiu um tortuoso caminho traçado por ele e a família Teles (que se acha proprietária do Partido) , o resultado é esse imbróglio aí, quando querem analisar pelo menos o adversário partem para os mesmos métodos usados por eles ou a indicar o que fazem ou fizeram nos governos: escolas, pontes, estradas, asfaltamentos, hospitais e outras obras, mas o essencial, que são as teorias, as táticas, as estratégias e a logística da libertação – os marxistas afirmam que sem teoria revolucionária não há prática revolucionaria -, mesmo em se sabendo não ser o Jackson Lago nenhum revolucionário, deveria saber que sem teoria da Libertação, muito menos com os aliados a quem confiou essa árdua tarefa. Os militantes do trabalhismo alinhados mais com o caboclo Darcy Ribeiro, que abominava as ortodoxias, o fanatismo e a ignorância política, foram alijados das decisões pelos “bons pensantes” do Partido; não só o professor Darcy Ribeiro mas um contigente respeitável como Bayard Demaria Boiateux, Periandro Mota, Cibilis Vianna, Brandão Monteiro, Amadeu Rocha, Maurício Azêdo, Arnaldo Mourthé, Mercio Pereira Gomes, Maria Yêdda Linhares, Doutel de Andrade, João José Fontella, Nelson Friedrich, Edmundo Muniz, Dalva Leite de Castro, tendo Leonel Brizola como o líder principal, mas que arrebanhou para o novo trabalhismo os remanescentes das guerrilhas de Jefferson Cardin Osório, do Molina, do Colina, de Caparaó, do Coletivo Gregório Bezerra, do Levante dos Sargentos em Brasília (l963), do MR-8, antigos brizolistas, janguistas, getulistas e, as mazelas políticas que se infiltraram no novo trabalhismo, dentre outras coisas um Agnaldo (dedo-duro do Serviço Nacional de Informações) Timóteo, José Colagrossi, Marcelo Alencar, vieram se arrastando para a confluência do nacionalismo mais radical, levou todos de roldão para o beco quase sem saída em que estão embrenhados, essa tendência da “esquerda”, de invejável militância, com esse defeito fundamental: deixaram ficar em suas fileiras os direitistas empedernidos e não prepararam quadros – não se tem um partido de massas se não se tem quadros altamente qualificados para dirigir – e, se os têm, uma das tarefas é prepará-los ideologicamente nas escolas de formação básica em política e no fragor das lutas e movimentos sociais, a prática de Brizola com seu nacionalismo exacerbado se multiplicou nos estados sem que ninguém se opusesse a essas posições equivocadas de conduzir nem mesmo as massas partidárias. Para Brizola só existia Brizola os outros tinham de seguir cegamente suas concepções obstinadas e alheios a qualquer teoria política embarcaram nessa canoa furada, o resultado é o objetivo do PDT ficar difícil de ser cumprido, as diretrizes pedetistas foram sufocadas pela obsessão de Brizola ser Presidente da Republica, ficou cego ideologicamente e, também nos Estados a coisa seguiu condutas semelhantes. Aqui no Maranhão parece que foi pior: o partido brizolista tinha um líder (Jackson Lago), e, no entanto, sem o domínio da ideologia partidária de “esquerda” (pelo menos) enveredou pelo caminho obsessivo de Brizola, este ultimo pela Presidência e Jackson pelo Governo do Estado, são objetivos de qualquer partido político, mas não se pode ir para o governo de um Estado com a gentalha despreparada para governar só porque o apoiou no segundo turno das eleições; o que seria o mais importante movimento político da História do Maranhão foi jogado fora, os protagonistas da Frente de Libertação jamais tiveram compromisso com o povo e muito menos com a libertação. Frente de Libertação é constituída de partidos políticos, da sociedade civil e outras organizações interessadas na Libertação de um povo. Tem um Manifesto, um Programa, teses, táticas, estratégias e logística a serem postas em prática. Não é só falácia, nem palanque, nem só eleição. Parece mais uma coisa tutelada por religiosos, onde o centro do mundo é sua paróquia quando não seu próprio umbigo, daqueles de cunho castrador de iniciativas e escravocrata por excelência, que desfiguram a espécie e a torna sem sentido filosófico a seguir sua vida, qualquer que seja sua postura diante os problemas da sociedade em que habita. São questões que a teologia não resolve, mas ilude oferecendo como contra partida um “lugarzinho no céu” quando o cidadão morrer, ora essa lorota é um engodo só assimilável por fanáticos e pessoas mal informadas. Acontece na área política a mesma coisa? Partidos políticos deveriam ter como princípio essencial o sonho, a utopia, por serem realizáveis a qualquer mudança de rumo na administração pública de determinada agremiação de caráter político, por exemplo, Jackson Lago mudaria não a forma de governar, mas os aspectos principais da miséria crônica do Maranhão , o governo tomaria um outro caminho inteiramente diferente, pois que um novo tipo de pensar o desenvolvimento social seria implantado, seguiria outro rumo, não só no campo das realizações materiais, mas um novo tipo de pensar o desenvolvimento social, as concepções do ensino e as realizações culturais, teriam de tomar um a vereda inteiramente diferente, pois um novo paradigma seria implantado por força da ingerência de forças sociais organizadas que certamente fariam pressão para a mudança dos gestores de diversas áreas do governo porque os secretários desses setores já não tinham ética, nenhuma moral, sendo que alguns tinham como missão arrebatar o erário. A crítica popular ao desacerto do governo Jackson Lago vai aumentando gradativamente entre a população e mais ainda dentro de seu partido, o PDT, do qual não recebeu nunca a Executiva Estadual para saber sobre um Programa de Governo a seguir e qual política adotar diante aos questionamentos que iam ganhando um colorido, uma dinâmica mais investigativa, mais acurada e a diversidade ficou por conta de curiosos e provocadores, também a imprensa de oposição como quase todos os meios midiáticos, sem contar a dos inimigos de Jackson, do trabalhismo, do PDT , do Maranhão e do Brasil, isto é, a oligarquia Sarney/Murad.
Progressivamente Francisco Escórcio e Ricardo Murad os mais interessados depois do senador amapaense José Sarney e sua meta(física) filha Roseana – aquela que está há mais de seis meses com um aneurisma esperando para ser tratada, o que não a impediu de ir para o Sambódromo no Rio de Janeiro e mandar buscar os amigos aqui no Maranhão com dinheiro do Senado para jogar carteado, mas a cassação do Jackson a botou em forma, pelo menos na aparência permitida, hoje ela se encontra igualzinho o Jackson, quem governa é o Escórcio e Ricardo Murad, no governo do Jackson eram o Julião Amim, Aderson Lago e Abdelaziz Aboud Santos. Roseana e seus lacaios depois de se apossarem do governo do Estado vivem acusando o ex-governador eleito de corrupção eleitoral, de compra de votos e propaganda eleitoral fora do período da campanha – assim como o Lula faz atualmente sobre a sua candidata Dilma Rousseff, e o Tribunal Superior Eleitoral, diga-se Ayres Brito, Eros Grau, José Sarney e Lula, o quarteto mais “democrático” já visto no planeta, mais precisamente os “quatro cavaleiros do apocalipse”. Sem contar que nos últimos dias de campanha, o Presidente Lula, veio ao Maranhão e, num dos maiores colégios eleitorais, em Timon, num comício transmitido pela Mirante (dos Sarneys), para todo o Estado, pedindo descaradamente votos para Roseana, não constituiu nenhuma irregularidade e por incompetência, ela não foi processada por nenhum tribunal e os cientistas políticos do TSE entenderam que o criminoso é o Jackson Lago. Quer dizer, em vez de legitimarem a democracia brasileira, do voto popular, preferiam ratificar a ditadura da oligarquia Sarney aliado do Presidente Lula: prevaleceu não só a opinião do quarteto maléfico, os quatro cavaleiros do apocalipse, da mais atrasada oligarquia deste infeliz Estado brasileiro.
Jackson foi detonado e os votos de mais de 1 milhão de eleitores foram vilipendiados pelos ministros do TSE, que não tendo nenhuma ética democrática seguiram como o gado no corredor da morte dos frigoríficos e matadouros públicos, sem resmungar porque foram nomeados por essas mãos que lhe impuseram essa camisa de força, “cassem o Jackson”, como parte de um plano arduamente elaborado para minguar o processo democrático pós-ditadura militar, que alimentou a esperança dos latifundiários, da elite e do imperialismo, naturalmente de que a democracia teria um caminho diferente, não permitindo a proliferação das ideias, nem a liberdade e nem o desenvolvimento do nordeste assim como foi o sudeste brasileiro, não correriam o risco de ter o país sem desigualdades. Isso é tão sério que o Brasil não tem um plano de desenvolvimento integrado, a maioria esmagadora dos investimentos são nessa região já muito privilegiada desde a unificação das colônias portuguesas num só país, o Brasil. A mudança da capital brasileira de Salvador para o Rio de Janeiro foi outro fator de empobrecimento dos estados do nordeste e do norte, quando as riquezas materiais, religiosas, culturais, da agricultura e sobretudo da intelectualidade foram se aglutinar na capital federal; lá estava a corte, a aristocracia , os barões do café, a imprensa, o caminho para um possível sucesso nos “cabides” de empregos do Império do Brasil. Atraídos pela possibilidade de estarem próximos do poder central do Império, as oportunidades sempre seriam maiores que nas províncias, mormente as do norte brasileiro. Daí em diante a norma foi essa, quem queria vencer na vida, no mínimo se mudava para o Rio de Janeiro, até hoje a vida brasileira ocorre do mesmo jeito, sendo que sofreu algumas variações, o centro das decisões foi ampliado por Brasília e São Paulo, um por ser o foco das decisões políticas e administrativas e a paulicéia por causa da Bolsa de Valores, a concentração industrial e o deslocamento de certa parte da área cultural, bancária, editorial e outros.
FORÇAS RETRÓGADAS ACOMPANHAM JACKSON
A ascensão de Jackson Lago foi um fenômeno político unilateral e atípico já que não teve nenhum incursão na política estudantil como seus irmãos ( Raimundo Nonato e Ricardo Wagner ), a história foi pontuada pela popularidade do então cirugião torácico que ao observar um “buraco negro” na política maranhense enveredou por ele; chegou a deputado estadual e a secretário de saúde do governo Cafeteira, 3 vezes prefeito de São Luís e Governador do Estado, sem contar a Presidência do PDT, do qual está nesse comando de há muito tempo, a sua projeção vem desses casos inerentes a quem se dedica a política. É de uma família de alguma tradição política, sem dúvida , seu pai Benu Lago, seu irmão Bete Lago, por sinal que o elegeu pela primeira vez e, até Raimundo Nonato e Ricardo Wagner, seus irmãos, tiveram atuação política de destaque, daí Jackson se achar o dono da verdade com aqueles retrógados que o cercam é outra conversa. Para onde vai Julião Amim com toda a sua empáfia de Deputado Federal mentindo e enganando a torto e a direito não cumprindo uma só promessa; onde estava a cabeça de Jackson ao nomear Mauro Bezerra – o Mauro “Contra-Cheque”, e que dizer de seu primo Aderson Lago ( o ladrão da Caema ), de Telma Pinheiro, Aziz Santos, Weverton Rocha, Helena Castro, Jerônimo Leite, Pádua Nazareno, Jô Santos ( aquela que provocou um “dossiê” interno no PDT por “sumiço” das reservas financeiras dessa agremiação política, e Rubens Brito envolvido em processo com outros elementos prestes todos a irem parar na prisão, José Augusto Teles que por uma vez tinha sido exonerado pelo próprio Jackson quando prefeito de nossa pólis, dos apadrinhados de castas familiares inteiras, como os Moreira Lima, isto para citar somente essa, o privilégio que tiveram os prefeitos do interior que o enganaram o tempo todo – seu articulador político jamais soube articular absolutamente nada, levou-o até a casa de um prefeito da Baixada Maranhense, em São Bento, juntamente com o não menos incompetente Isaac Dias; que diatribes feitas por Zeca Pinheiro e Jerry Abrantes – Jackson não pode dizer que não sabia de nada, e as duas mulas sem cabeça do Governo Jackson: Aldionor Salgado e um tal de Riba Um, Mario Jackson de “assessor” do Aziz, um sujeito que nunca trabalhou na vida, vivendo de “expedientes” sem contar com outros esbirros do mesmo viés atrelados à maioria dos Secretários do Governo da Libertação.
Governando Com Os Inimigos
Como é governar com os inimigos? Isto é uma tarefa para craque e nisso Jackson Lago não foi. Convive de, há muito tempo com alguns inimigos que se dizem “mui amigo” (mais são inimigos). A lista é enorme e a cidade toda sabe e reclama desses elementos inteiramente dispensáveis para os negócios de Estado do povo. São lenientes pessoas egoístas; dissimulam suas mazelas favorecendo uns e outros; estão em esferas diferenciadas da tecnocracia administrativa com objetivos escusos. Era necessário, mais que necessário, denunciá-los e pô-los pra fora do governo.
Larápios do erário estavam nos cargos, e são apenas enganadores do povo e de quem os nomeou. A encrenca é grande com essa corja de dentro do aparelho de Estado , sugando os recursos da pobre gente maranhense. O conhecimento que eles tem é como se não fosse nenhum conhecimento ; e o que sabem qualquer cafajeste sabe. Ai entra em cena também a incompetência, os burocratas ,os prestadores de serviços sem licitação, os tais empreiteiros de obras, as amantes e seus parentes usurpadores de cargos, tenha gente nesse governo que na campanha não queria nem olhar o candidato a governador, muitos menos falar com ele.Todos que se tornaram secretários, perdedores que não deram um só passo para ajudar o governador se eleger e depois se acercaram dele e mandavam mais do que o titular do governo.
Frios e calculistas, não foram para o governo libertar o Maranhão, nenhum deles. Foram para enricar e bem rápido. Sabiam por que são assim, inimigos do Jackson ,mas fingem o tempo todo de amigos; uns torciam em pleno turbilhão da crise, que o governador se lascasse. Teve Secretária de Secretária que ficou a semana inteira ligando para os (as) amigas (os) dizendo que queria que o Jackson fosse cassado. Essa gente despreparada política, social, filosófica e ideologicamente na maioria são metafísicos: místicos e piegas para esconder a sua verdadeira face de maus gestores do serviço público, uns afoitos ostentando, o que não possuiam e outros mais recatados com poderes em demasia, quase supremos; Nicolai Gogol escreveria certamente um outro “O Inspetor Geral”.
Enquanto persistir essa alcatéia de malfeitores em redor do Jackson que ao ouvirem falar em Frente de Libertação se tremiam todos e achavam que você é um panaca, um louco, um tolo ou um gênio, simplesmente porque você não é idealizador da apologia dessa velhacaria e uma vasta cambada de anódinos e neófitos, é uma gente com sentimentos sadomasoquistas. Com eles é como reza o adágio popular “preto no branco, prata no banco”, só pensam em tirar vantagens enquanto q corrupção, desvio do dinheiro público, facadas no erário são todos PHD. Era furto, roubo, igualzinho o pessoal da oligarquia anterior que tanto se combateu e combate, são mesmo parecidinhos com a camarilha de onde vieram os ladrões fétidos do grupo Sarney/Murad que dominam desde a queda do vitorinismo, que agoniza, mas ainda vive, mesmo em seus últimos estertores e apesar disso, continuaram nos cargos do governo Jackson inexplicavelmente. Esse golpe de misericórdia ficou faltando, por que? Faltou pulso, decisão e coragem, não é a ação de inimigos internos do próprio PDT, que ao serem nomeados soou como afronta à população esclarecida de São Luís? Agora era preciso tirar toda essa canalha do poder, sarneysistas e os não anjos; vai o inerente, não se faz omelete sem quebrar ovos.
Tinha de usar uma adaga, cortar os inimigos do governo. Mas Jackson preferiu acreditar que Sarney não levaria o processo adiante e deu no que deu.
A cirurgia que Jackson tinha de aplicar é dessas em que se decepa a cabeça do dragão, não seria cortando a ponta do rabo ou lhe alisando a cabeça.
Para fulminar as quadrilhas e quadrilheiros do governo e fora dele; os boçais do PDT, os politicamente incorretos, qualquer suspeito suja o governo; essa mudança era preciso acabar, incompetentes, os espalhafatosos, os que queriam se mostrar, desmontar a bandalheira, tirar os patifes, o bando de fariseus, os patetas, os otários, as marafonas, bandidos políticos de modo geral. Essa gente que estava pensando em se transformar em “noveau riche” a qualquer preço. Não acender duas velas: uma para Deus e outra para o diabo. Jackson tinha de libertar o Maranhão do atraso e dessa gente ordinária, iria para a história como o timoneiro da libertação (?!...). Ele quis, foi impedido pela velhacaria de seus auxiliares mais próximos, os do Partido e os do Governo, porque os seus propósitos não os mesmos de Jackson Lago, nem mesmo seus parentes o respeitaram e foram parar na Operação Navalha lamentavelmente.
Numa terra que acalenta uma serpente em túneis inacessíveis em sua capital e tem como figura emblemática seus mistérios lendários, sendo a maioria dos acontecimentos tratados pelo viés religioso, por místicas secularizadas, onde os “tambores de crioula” – um bem cultural e imaterial da nação brasileira pertencem a “São Benedito”, não existindo nenhum dos negros e muito menos da população como personagem das cantorias, nem seus heróis e poetas, onde o povo é tratado pelo descaso das autoridades, além de atormentado por sucessivas oligarquias dominando a cena política, esnobando alguns setores das classes sociais, que por vício cultural terminou por acontecer nos 27 meses do governo de Jackson Lago, que queria ver o demônio, mas professores, policiais, médicos e outros segmentos, ele nem olhava para os lados, não tinha conversa, o médico capiau de Pedreiras jamais teve a sensibilidade política para entender que se elegeu com a “lorota” de libertar o Maranhão, certamente com seus inimigos, os “caras-pretas”, que ele preferiu deixar na nova administração no lugar de quem fez campanha para elegê-lo, os membros de seu partido – o PDT e aliados de última hora e oportunistas; mas como é que Jackson Lago poderia governar com um séquito de desmoralizados – para citar apenas os mais notórios: Mauro Bezerra, Aziz Santos, Rubens Brito, Aderson Lago, Lourenço Vieira da Silva, Newton de Barros Belo Filho, Weverton Rocha, Helena Castro, Jerry Abrantes, Telma Pinheiro, Pádua Nazareno, Zeca Pinheiro, Eurídice Vidigal, a incompetente Cibele Lauande, João Batista Ribeiro, o mais influente de todos, porém um poço de enganação e incompetência política Julião Amim; existem outros até piores que estes, mas esses aí são figuras de proa de todo tipo de sacanagem, de mau caratismo; teve jornalista que queria ir dirigir a Caema – Jackson optou por outro visado e desmoralizado, o Rubens Brito, quando havia um grupo fazendo lobby pro jornalista ir para a cultura, seria melhor que o João Batista Ribeiro, que foi nomeado, mas ninguém consegue identificar o por que dessa opção do Jackson Lago quando havia um leque enorme para escolha do Secretário de Cultura, aí o Joãozinho, como é tratado, só quis saber de assembleísmo e tratar do folclore, um atavismo centenário sem nenhuma tradição, a tradição maranhense é a poesia, a literatura e produções dramatúrgicas, sim, é claro, o folclore como parte integrante da cultura, como são as lendas sebastianistas. O folclore foi ativado pelas dinastias oligarcas, que não dispunham de apoio na grande massa de descamisados e famélicos do Maranhão, essa foi a fatia do bolo que sobrou para o povo. Um fato que salta a olho nu é a participação de um outro desmoralizado – o Secretário de Infraestrutura, Ney de Barros Bello, que juntamente com dois sobrinhos de Jackson Lago são alvo da Polícia Federal na Operação Navalha, acusados de corrupção junto a empreiteira Gautama; nesse episódio ficou claro o quem corria no submundo do Palácio dos Leões, na montagem de uma nova oligarquia onde o governador deveria ser venerado por conta dessas falcatruas em nome do Governo do Estado. Uma providência estranha foi contratar cineasta alienígena para fazer um DVD - Uma providência estranha foi contratar um cineasta alienígena para fazer um DVD – O Timoneiro da Libertação; de onde surgiu essa insanidade? Alguém fazia a “cabeça” do Jackson, naturalmente que nos porões dos palácios La Rocque e dos Leões.
Jackson Lago que foi um dos melhores cirugiões torácicos do Estado do Maranhão e depois professor da UFMA, entrou na política no período de luta pela anistia e pelo fim da ditadura militar e a volta do “estado de direito” da nação brasileira, já que a legislação foi mudada bruscamente pelos militares. Louve-se a sua visão política daquele momento, uma época transtornada pela violência dos ditadores, já seus irmãos tinham atuado desde os tempos de secundaristas como é o caso de Nonato Lago ( foi vice-presidente da UMES-União Maranhense de Estudantes Secundários, que durou até o golpe de estado de 1964); Jackson se elegeu Deputado Estadual e foi Secretário de Saúde no governo do indefectível Epitácio Cafeteira, em seguida seu salto político qualitativo foi com o trabalhismo encabeçado por Leonel Brizola, que seguia o getulismo modificado pelo tempo, mas com a verve e posições sinceras do nacionalismo democrático, principalmente depois de passar pela experiência do Governo Jango (João Belchior Marques Goulart), Jackson Lago empunhou essa bandeira desde a reunião de Lisboa, que resultou na Carta de Lisboa, juntamente com a família Telles (Reginaldo, Maria Lúcia & filhos), que junto a outros trabalhistas compuseram o núcleo inicial do PDT. Logo Jackson se fez líder dos brizolistas no Maranhão; perdeu algumas eleições mas isso não lhe abateu, prosseguiu sua carreira até chegar a Prefeitura de São Luís, fez uma administração razoável dando ênfase para a educação e saúde e, em seguida, por absoluta falta de tática e estratégia, já que tinha obtido a simpatia da população, Jackson Lago, equivocadamente elege Conceição Andrade prefeita da capital maranhense o que lhe valeria muitos aborrecimentos. Conceição Andrade devastou a administração municipal, nada realizou e, em l996, devido a popularidade que alcançou , erros e deslizes de seus adversários Jackson Lago volta à Prefeitura da Capital maranhense. Jackson levou a contento essa segunda fase administrativa de São Luís – abriu estradas, ruas, avenidas, praças e outros logradouros, sem entretanto levar em conta o quesito urbanização e paisagismo, a Capital maranhense continuou sem nenhuma alteração estrutural, nenhum remake nas antigas e estreitas ruas e avenidas, nada relevante aconteceu, continuou com certa força na educação e saúde, se diferenciou da administração anterior, mesmo assim sempre foi uma gestão acanhada, coisa do interior, obras que nada tem com o dinheiro gasto ( um exemplo foi a “fonte luminosa” do Tirirical e uma outra foi a Avenida Darcy Ribeiro – também acanhada e estreita com outra fonte que não vingou nem um mês, quebraram tudo, assim como a do Tirirical), na “fonte luminosa”, Rubens Brito gastou milhões, enquanto isso acontecia, o Prefeito cortava salários, gratificações, subsídios e outras vantagens dos servidores municipais, em suas três gestões jamais aumentou um centavo no salário de ninguém, entretanto privilegiou algumas toupeiras tais como Arieldes Macário da Costa, Suely Bedê, Julião Amim, Teresa Pfleuger, Pádua Nazareno, Helena Castro, Roberto Furtado, Clodomir Paz, Helena Estrela, a família Telles e outros menos cotados, isto sem contar com a alcatéia comandada por Mauro Bezerra, Aziz Santos, Rubens Brito, Jerry Abrantes, Renato Dionizio, Paulo Guimarães, Jerônimo Leite e mais alguns. Na reeleição Jackson continuou o mesmo, do PDT, o partido que sempre foi pra rua ele só levou (novamente) a alcatéia acrescidos de outros filisteus da política de gabinete e familiares, de resto, em vez de calçar as ruas de São Luís, entrou no modismo do asfaltamento
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terça-feira, 6 de março de 2012
A HISTÓRIA SE CONTA COMO EU CONTO
Por Nei Melo
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