CGU vê fraude em dez cidades
que receberam verba após tragédias
As
dez cidades suspeitas de fraudes na aplicação dos recursos são de cinco estados:
Piauí (Castelo do Piauí, Prata do Piauí e São Miguel da Baixa Grande); Ceará
(Coreaú, Groaíras e Massapê); Maranhão (Dom Pedro e Grajaú); Rio Grande do Norte
(Assú); e Sergipe (Maruim).![10 cidades do Nordeste suspeitas de fraude na reconstrução (Foto: Editoria de Arte / G1) 10 cidades do Nordeste suspeitas de fraude na reconstrução (Foto: Editoria de Arte / G1)](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sXPwlMWGa4ZjbVEkYM8udNMr-6thz2-x06aOwJoYws1eEEZSnSLsNzNoOgAhk4nhCmk6e8F036G9l1XPhG8AE400N21al7ZHASczsWbWT6PsEK7_wIxyNrzwYBePmyE9GXP-focWSt8oS8i7I=s0-d)
Área atingida por
deslizamento em Nova Friburgo,
na Região Serrana do Rio de Janeiro (Foto: Fabio
Patricio / Agência Estado)
na Região Serrana do Rio de Janeiro (Foto: Fabio
Patricio / Agência Estado)
A Controladoria Geral da União (CGU) constatou
superfaturamento e sobrepreço em obras públicas de pelo menos dez cidades do
Nordeste que, entre 2008 e 2010, receberam verbas da União para reconstrução
após tragédias, segundo relatório do órgão obtido pelo
G1.
As prefeituras negam a prática de
superfaturamento e sobrepreço - clique
aqui para ver o que dizem os municípios sobre as constatações da CGU. Veja
na imagem ao lado as suspeitas da Controladoria a respeito dos repasses para os
dez municípios.
São cidades pequenas - a mais populosa tem 62
mil habitantes - e a maioria delas foi atingida por enchentes no primeiro
semestre de 2008. Na ocasião, o governo
federal liberou dinheiro para várias cidades e estados para obras de
reconstrução e atendimento da população local. Neste ano, o Nordeste sofre
novamente com as fortes chuvas.
Após a divulgação de indícios de
irregularidades no uso do dinheiro destinado pelo Ministério da Integração
Nacional no começo deste ano à reconstrução de Teresópolis, na Região Serrana do
Rio de Janeiro, o G1 solicitou à CGU dados de todo o país sobre
constatação de irregularidades na aplicação de recursos recebidos em razão de
tragédias.
No caso de Teresópolis, a investigação está em
andamento, mas a CGU recomendou o bloqueio dos recursos. O Ministério da
Integração Nacional deu
prazo de 30 dias para a prefeitura apresentar explicações.
A Controladoria enviou ao G1
um relatório com constatações - e não as investigações em andamento -
de irregularidades em repasses feitos entre 2008 e 2010. Segundo a assessoria do
órgão, "a planilha relata os principais problemas" identificados pela CGU e é
possível que haja outros casos pelo país não informados.
Na lista, aparecem supostas fraudes em 15
cidades, todas do Nordeste. Além das dez em que foram constatados
superfaturamento e sobrepreço, há ainda outras cinco em que são apontadas
irregularidades no processo de licitação, falhas no projeto da obra e execução
fora de prazo.
A CGU informou que todas as constatações de
irregularidades foram enviadas com recomendações para providências à Secretaria
Nacional de Defesa Civil, responsável pelos repasses.
Secretaria responde
Em nota enviada ao G1, a Secretaria Nacional de Defesa Civil informou que "em relação às irregularidades quanto ao repasse de recursos, o Ministério da Integração (pasta responsável pela secretaria) está aguardando a conclusão de novos relatórios".
Em nota enviada ao G1, a Secretaria Nacional de Defesa Civil informou que "em relação às irregularidades quanto ao repasse de recursos, o Ministério da Integração (pasta responsável pela secretaria) está aguardando a conclusão de novos relatórios".
Afirmou que, conforme a lei, se constatada a má
utilização do dinheiro público, o governo pode "suspender a liberação dos
recursos e, eventualmente, determinar a devolução; além de comunicar o fato aos
órgãos de controle interno ou externo competentes para adoção das medidas
cabíveis".
"Significa dizer que, ao se evidenciar a
malversação, má utilização e desvio dos recursos transferidos de recursos
públicos, serão adotadas medidas tendentes ao ressarcimento ao erário, sem
prejuízo do eventual ajuizamento de ações civis públicas de improbidade
administrativa e da notificação do Ministério Público Federal e da Polícia
Federal com vistas à punição dos envolvidos na esfera criminal", diz a
nota.
Fonte: G1
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